Nos bastidores da Mansão Veit

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Recentemente vivi uma experiência totalmente nova: participei de uma peça de teatro! Pra enfatizar ainda mais isso, além do “totalmente”, quando contava pra pessoas próximas a mim, a reação era basicamente a mesma: “…não acredito!, Você?!”, ou algo assim hahaha. E como se isso não bastasse, a peça não era uma drama ou uma encenação clássica, mas uma COMÉDIA!! Pessoalmente, mesmo me achando incapaz de subir num palco, eu sempre tive vontade de fazê-lo. Minha mãe e meus tios contam histórias de que minha mãe fazia teatro antes e durante a gravidez. Então sim, de um certo modo, comecei cedo a minha história no palco (;

Começou com a Mostra de Teatro no ano passado quando alguns amigos fizeram uma peça, dessa vez uma adaptação de Shakespeare, na qual meu amigo Lucas Ribeiro arrasou!! Meu desejo de participar estava dormente, então despertou e falei pra minha amiga me chamar da próxima vez. Um ano depois ela realmente fez o convite e eu aceitei sem hesitação. Aí a coisa começa a tomar forma…

A peça escolhida tinha mais de uma hora, originalmente. Problema: tínhamos de 15 a 20 minutos pra apresentar, então precisávamos fazer uma mudança estrutural no roteiro. Mesmo depois de trabalharmos nisso, quando íamos ensaiar o cronômetro gritava 40 minutos! E não tínhamos mais do que duas semanas para a apresentação final (aliás, um detalhe importante: a apresentação seria pra um público estimado de 400 pessoas no Teatro Municipal). A comédia quase virou drama! kkkk

A maioria dos colegas de elenco ía fazer sua primeira apresentação, assim como eu. Uma coisa que ajudou muito e, foi realmente enriquecedor, foi uma oficina ministrada pelo Lucas Onofre, servidor da UTFPR-CM que também é ator profissional e nos ajudou muito a nos desenvolver e extrair o nosso melhor no curto tempo que tínhamos entre ensaios e a grande apresentação. Não vou me esquecer das dinâmicas que fazíamos com a turma e das musiquinhas e barulhos no mínimo esquisitos pra aquecer e preparar nossa voz para os ensaios.

Apesar de novatos, tínhamos verdadeiros talentos cômicos entre nós. Ruan interpretaria um padre e uma cigana em apenas três atos. Tínhamos um mordomo com sotaque nordestino e gosto musical duvidoso, além de uma dondoca metida a famosa e uma repórter com amnésia, sim foi hilário! O figurino foi um espetáculo à parte, meu personagem, por exemplo, usava suspensório, boina e gravata borboleta.

Se envolver nos ensaios, decorar as falas, acostumar-se com as deixas, efim… Tudo isso dá muito trabalho e, apesar de ser super legal, fica ainda mais difícil quando se tem poucos minutos de intervalo entre aulas, horários curtos para as refeições e um tanto de insegurança quanto ao que se está fazendo, já que era a primeira vez e não tínhamos um diretor pra nos guiar. Mesmo com tudo isso, pergunte a qualquer um de nós e vai ouvir a mesma resposta: vale cada minuto!

Honestamente, espero não parar por aqui. No final, o último instante no palco, quando vamos de mãos dadas agradecer ao público, é um momento único e inestimável que só sabe quem já passou por isso. Obrigado a todos os que participaram comigo nessa aventura e tornaram isso possível!

Veja a peça na íntegra

Álbum de fotos

Giorgio Braz

Giorgio Braz

“As grandes coisas não são feitas por impulso, mas através de uma série de pequenas coisas acumuladas” - Vincent Van Gogh

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